Thursday, June 16, 2011

Just Snap!


Começo a tremer. Aquele momento em que olho para a pequena escultura de vidro que tenho nas mãos e penso "e se num desviar de atenção, ela cai?".

Não, outra vez não. É o pensar demasiado que embaraça o sentir.

Dou por mim a agarrar a escultura com força. O toque único daquele cristal perde-se quando se abrem feridas nas mãos. Ela acaba por se partir, tamanha é a pressão que sofre, os restos cortam as mãos de quem os tenta segurar, até que nada resta...

Não, não outra vez. A beleza de uma arte é o sentimento que induz no seu aspecto mais livre. Deixai que a queime o sol que nela brilha, deixai estar as falhas feitas por quem a levou consigo. E então ela será única, pelas marcas deixadas por quem tocou.


E se um dia partir, muito mais é o que fica do que o que se foi. O que fica é imortal.