Wednesday, December 29, 2010

Unnoticed Spark

Because there are times when you feel it all. When the remainings of what you left behind come past you... Waving goodbyes.

Choices made... Made you loose trace of what you once wished...

Trying to get all those little pieces together, but many are lost...


I now grab the ones given to me with my heart, thankful for the soft warm I once threw away for some blazing flames, who burnt cold.

Learning, and feeling, all those little glows that one finds in life's path. Every single one of them is worthy, you just have to notice it's beauty, and most of all...

Look, and look again, and don't give it away without trying

Tuesday, December 14, 2010

Sweet Smell

The sweet smell of burning fuses with overloading gratefull work!!


Come on BITCHEESSS!!!!


(and a little something else to make me wanna end it)

Thursday, December 9, 2010

Fairy Tales

Because Fairy Tales don't make you numb, or stupid.


They make you stronger.




Because they teach you to believe not in what you are...


...but in what you CAN be!

Wednesday, December 1, 2010

tic tac

Dilemas, pensamentos, analogias divagantes. Epifanias que faltam. Alimento não sólido do ego.

E porque não ser uma alma dispersa do corpo.
Ele move-se por este mundo, vai cumprindo o que lhe mando. Abre lentamente caminhos e vai sobrevivendo. Eu observo de longe, vou dando ordens. Estou bem aqui, e sou livre. Livre de voar e de viver quem eu quiser (Vai andando vai, estás a ir bem).

Quando ele chegar onde quero, posso sair e tomá-lo por inteiro, até lá dispenso aquilo que ele me possa transmitir, ou passarei a detestar o locutor só porque é mau escritor.

Na, prefiro um encontro pessoal, face a face, onde possa notar aquele traço e o olhar, deixa-lo sem palavras.

Vá, não sejamos tão cépticos. Vindo o vento certo, talvez valha a pena apanhar a brisa. A questão continua sendo: e afinal vem ou está demorado?

E amanhã acordo com o mesmo odor de ontem, da semana passada, de há um ano...

Já não me importo

Já não me importo
Até com o que amo ou creio amar.
Sou um navio que chegou a um porto
E cujo movimento é ali estar.

Nada me resta
Do que quis ou achei.
Cheguei da festa
Como fui para lá ou ainda irei

Indiferente
A quem sou ou suponho que mal sou,

Fito a gente
Que me rodeia e sempre rodeou,

Com um olhar
Que, sem o poder ver,
Sei que é sem ar
De olhar a valer.

E só me não cansa
O que a brisa me traz
De súbita mudança
No que nada me faz.

Fernando Pessoa

Quando estou só reconheço

Quando estou só reconheço
Se por momentos me esqueço
Que existo entre outros que são
Como eu sós, salvo que estão
Alheados desde o começo.

E se sinto quanto estou
Verdadeiramente só,
Sinto-me livre mas triste.
Vou livre para onde vou,
Mas onde vou nada existe.

Creio contudo que a vida
Devidamente entendida
É toda assim, toda assim.
Por isso passo por mim
Como por cousa esquecida.

Fernando Pessoa